Terminei a leitura do livro "Nascido para correr", do jornalista, corredor amador e escritor Christopher McDougall, editora Globo, 2010.
Já tinha ouvido falar muito bem dele, e como sou um leitor constante, estava me segurando há uns 2 meses para comprá-lo, pois tenho já uns 5 livros esperando para ser lidos, mas não resisti...
Depois de começar a ler, não consegui desgrudar do livro até terminá-lo. Adorei a história que é contada sobre a ida até o México para conhecer uma tribo de índios mexicanos ultra corredores, que correm de sandálias por até 160 km e não tem contusões, mesmo não contando com toda a tecnologia e proteção que temos em nossos calçados atuais.
Outro ponto muito interessante no livro são as explicações e exibições de pontos de vista científicos sobre a origem da corrida e como ela está intimamente ligada com nossa evolução como espécie e de como isto nos levou a ser o que somos hoje.
A maneira como o livro é escrito é muito legal, porque a linguagem é simples e entre os relatos de fatos vividos pelo jornalista junto a tribo mexicana e demais corredores americanos em uma super corrida realizada no México, misturam-se relatos de conversas com grandes nomes da medicina esportiva e também de cientistas e pesquisadores, o que torna o livro além de agradável, uma grande fonte de informação sobre as origens da corrida e traz respostas a perguntas importantes que temos sobre este maravilhoso esporte, como Porque nos machucamos fazendo isto e outros animais não? E porque somos um dos animais mais lentos durante a corrida? E até mesmo, porque mesmo com tênis fantásticos e com super amortecimentos, continuamos nos machucando?...
Enfim, achei o livro fantástico, que além de passatempo, é também uma fonte de informação útil, mas além disto, um ponto que achei importantíssimo e que fica evidente no livro é “o amor pela corrida”. Este ponto fica evidente e deixa claro como é bom correr e as incríveis sensações que temos durante a prática deste esporte, enfrentando a preguiça, a dor, contusões e que constantemente somos questionados por não praticantes em qual a graça em encarar o frio durante um domingo de manhã ou um sol às 3 da tarde, quando poderíamos estar fazendo outras coisas que proporcionam o mesmo nível de prazer.
Para mim ficou evidente que a corrida é um esporte ancestral e que colaborou com nossa evolução como espécie, e é isto que nos remete a este prazer profundo que sentimos quando estamos praticando, porque voltamos a nossas origens e podemos usar nossos corpos para fazer exatamente o que eles estão preparados para fazer, correr e se movimentar.
Para consulta, segue abaixo link de uma matéria na revista contra relógio sobre a correr descalço.
Boa semana a todos!
